Doze Naus
- Manuel Alegre
Na poesia de Manuel Alegre . e não apenas naquela que obviamente imprimiu aos seus poemas a sua aura inicial . existe uma consciência profunda do tempo trágico que a título pessoal ou colectivo lhe foi dado viver (...) Porventura o mais dilacerado canto a um país impossível, a um destino colectivamente frustrado e idealmente exemplar, num momento em que o sentido da sua aventura vacila e se perfila diante de muitos portugueses como nebuloso ou mesmo inviável.
Anos 70 : Poemas Dispersos
- Alexandre O’Neill
Os textos de Alexandre O’Neill que compõem este volume nunca foram por ele incluídos em livros seus. À excepção de dois, recuperados de uma antologia, e de três encontrados no espólio, o autor publicou-os em jornais e revistas durante a década de 70.
Livro recomendado pelo Plano Nacional de Leitura
8º Ano de escolaridade
Leitura orientada na sala de aula
8º Ano de escolaridade
Leitura orientada na sala de aula
O conjunto aqui editado resultou da pesquisa feita no âmbito da biografia do poeta (Maria Antónia Oliveira, Alexandre O’Neill, Uma Biografia Literária, Dom Quixote). Pôde constatar-se que, embora o poeta viesse publicando regularmente desde os finais da década anterior, os anos 70 eram aqueles em que a sua produção se tornava mais assídua, e em que mais textos haveriam de ficar confinados às páginas dos periódicos.
Reúnem-se também poemas escritos para os jornais Diário de Lisboa e A Luta, e para as revistas Flama e Ele. Foram encontrados no espólio do poeta os poemas "Magritte" e "Azul Ar", bem como os poemas sem título designados por Fragmentos, inéditos. Acrescentam-se ainda dois poemas datados de 1972 que E.M. de Melo e Castro e José-Alberto Marques incluíram na Antologia da Poesia Concreta em Portugal (Lisboa, Assírio & Alvim, 1973).
Em anexo, publicam-se dois textos com poemas, e uma versão em prosa da primeira parte de Rã & Descobridor.”
Reúnem-se também poemas escritos para os jornais Diário de Lisboa e A Luta, e para as revistas Flama e Ele. Foram encontrados no espólio do poeta os poemas "Magritte" e "Azul Ar", bem como os poemas sem título designados por Fragmentos, inéditos. Acrescentam-se ainda dois poemas datados de 1972 que E.M. de Melo e Castro e José-Alberto Marques incluíram na Antologia da Poesia Concreta em Portugal (Lisboa, Assírio & Alvim, 1973).
Em anexo, publicam-se dois textos com poemas, e uma versão em prosa da primeira parte de Rã & Descobridor.”
O Mundo Em Que Vivi
- Ilse Losa
- Livro recomendado pelo Plano Nacional de Leitura7º Ano de escolaridade
Leitura orientada na sala de aula - Grau de dificuldade II«Numa escrita inexcedivelmente sóbria e transparente, e através de breves episódios, este romance conduz-nos em crescendo de emoção desde a primeira infância rural de uma judia na Alemanha, pelos finais da Primeira Grande Guerra Mundial, até ao avolumar de crises (inflação, desemprego, assassínio de Rathenau, aumento da influência e vitória dos Nazistas) que por fim a obrigam ao exílio mesmo na eminência de um destino trágico num campo de concentração...»«...Há uma felicíssima imagem simbólica de tudo, que é a do lento avançar de uma trovoada que acaba por estar "mesmo em cima de nós". Assistimos aos rituais judaicos públicos e domésticos, a uma clara atracção alternativa entre a emigração para os E.U. e o sionismo. Fica-se simultaneamente surpreendido pela correspondência e pelas diferenças entre o adolescer e o viver adulto em meios culturais muito diversos, pois há relances de vida religiosa luterana, católica e de agnosticismo à margem da experiência judaica ortodoxa. Perpassam figuras familiares de recorte nítido: os avós da aldeia, o pai, negociante de cavalos, desfeitado por anti-semitas e falecido de cancro, os tios progressistas Franz e Maria, o avô Markus, a amorável avozinha Ester (Kleine Oma), Paul (o jovem quase-namorado que se deixa intimidar pelo ambiente), Kurt (o jovem enamorado assolapado, culto e firme nas suas convicções). A acção é desfiada numa sucessão de fases biográficas progressivamente dramáticas - e nós acabamos por participar afectivamente de um destino ao mesmo tempo muito singular e muito típico, que bem nos poderia ter cabido. Um romance de características únicas na leitura portuguesa - e emocionalmente certeiro.» Óscar Lopes
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