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quinta-feira, 9 de junho de 2011

Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades



O 10 de Junho no Estado Novo.

O 10 de Junho começou a ser particularmente exaltado com o Estado Novo, um regime instituído em Portugal em 1933, sob a direcção de António de Oliveira Salazar. Durante o Estado Novo, o 10 de Junho continuava a ser o Dia de Camões mas as comemorações começaram a ser celebradas a nível nacional. O regime procurou dar alguma continuidade a muitos aspectos que vinham da República apropriando-se de alguns dos seus heróis mas atribuindo-lhes um carácter nacionalista e propagandístico. Neste período este dia foi apelidado de “Dia da Raça”.


Uma lufada de ar fresco: a revolução de Abril eliminou a “conotação nacionalista” que o 10 de Junho adquiriu durante o Estado Novo.


Com a chegada do 25 de Abril continuou-se a comemorar o 10 de Junho e a prestar tributo ao poeta dʼ«Os Lusíadas» mas com uma diferença: a Revolução dos Cravos foi pretexto para rebaptizar o 10 de Junho como Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. Mas as alterações vão mais além, e tocam no significado daquilo que é comemorado: homenagear os cidadãos portugueses a residir fora do país, para sublinhar a importância do povo português, nomeadamente aqueles que por necessidades várias, desde sobrevivência económica, a questões de perseguição política, teve que se espalhar por diferentes partes do mundo.

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